[vc_row][vc_column][vntd_hero_section top_heading=”Live” heading=”O impacto do boicote ao Facebook no Brasil ” subtitle=”Alright, Zeeng e New Vegas promovem live com debate sobre o alcance do movimento Stop Hate for Profit no Brasil e o impacto da pressão sobre anunciantes para o boicote ao Facebook” btn1_label=”” bg_gradient1=”#006fc4″ bg_gradient2=”#79a8e5″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space][vc_single_image image=”7003387″ img_size=”600×300″ alignment=”center”][vc_empty_space][vc_column_text]Uma série de iniciativas ao redor do mundo tem levado tanto usuários quanto anunciantes a considerarem o boicote ao Facebook e a repensarem sua presença na rede social de Mark Zuckerberg. Problemas como o vazamento de dados e a passividade diante de conteúdos falsos, preconceituosos e carregados de discurso de ódio fizeram com que internautas cobrassem uma atitude das empresas que anunciam na plataforma.
O protesto se materializou na forma de boicote, e diversas marcas interromperam as campanhas pagas no Facebook. Mas como isso impacta o mercado de comunicação no Brasil?
Em busca dessa e de outras respostas, a Alright AdTech Company – em parceria com os convidados especiais Eduardo Prange, CEO da Zeeng; e Ian Black, fundador e diretor-executivo da agência New Vegas -, promoveu um bate-papo ao vivo sobre o impacto do boicote ao Facebook no Brasil nessa terça-feira, dia 14 de julho, mediado pelo CEO e fundador e pelo sócio-fundador da Alright, Domingos Secco Jr e Fabiano Goldoni, respectivamente.
O debate foi muito além do Facebook e se tornou uma reflexão coletiva sobre posicionamento de marca, política, mídia e responsabilidade social. Continue lendo e confira tudo o que rolou durante a live! [/vc_column_text][vntd_content_box title=”PDF da apresentação da live!” link_type=”external” text=”Inscritos para assistir a live receberam o PDF. Se você não se inscreveu, deixe seu contato para receber o material. ” item_url=”https://mediatech.alright.com.br/live-mercado-alright”][vc_empty_space][vc_column_text]
Entenda o boicote ao Facebook
O cerco às fake news e aos conteúdos de teor violento e preconceituoso está cada vez mais fechado em todo o mundo. Iniciativas como o Stop Hate For Profit e o Sleeping Giants BR incentivam os usuários a pressionar e boicotar tanto as plataformas sociais e veículos de comunicação quanto os anunciantes – o objetivo é que esses conteúdos não tenham mais espaço para publicação, e também para que não sejam monetizados.
Uma das empresas mais visadas pelos movimentos é o Facebook, que vem sendo observado atentamente por usuários e especialistas desde o escândalo da Cambridge Analytica¹, que resultou no vazamento dos dados de 50 milhões de usuários para beneficiar a campanha de Donald Trump em 2014.
Neste ano, o movimento Stop Hate for Profit passou a cobrar uma posição do Facebook ao perceber que a rede social não fez nada para conter o avanço dos posts incentivando violência contra os manifestantes que foram às ruas dos Estados Unidos protestar pela morte de George Floyd, segurança negro assassinado por policiais em Minneapolis no dia 25 de Maio.
O movimento é resultado da união de organizações como ADL, Color of Change, Common Sense, Free Press, LULAC, Mozilla, NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor), National Hispanic Media Coalition e Sleeping Giants, que se juntaram para colocar no ar a campanha que pede que as empresas pausem as campanhas pagas e que os usuários participem de um abaixo-assinado que será encaminhando ao Facebook futuramente.
Além de não terem retorno quando denunciam conteúdos racistas e preconceituosos, os 2 bilhões de usuários do Facebook são impactados também por postagens de sites criados
com o único intuito de distribuir notícias falsas – alguns deles impulsionados através do Facebook Ads para ter um maior alcance.
Em uma tentativa de conter o discurso de ódio e a propagação de notícias falsas no Facebook, o Stop Hate for Profit conseguiu o apoio de pelo menos 400 marcas, que se comprometeram a não anunciar na rede social durante o mês de julho. Entre as marcas estão gigantes como Coca-Cola, Unilever, Starbucks, Volkswagen e Microsoft, entre outras.
O Facebook reagiu à pressão, e apagou perfis, páginas e grupos ligados à divulgação de fake news e ao discurso de ódio. A rede social também anunciou que vai aplicar as políticas de restrição de discursos de ódio a anúncios, coibindo propagandas que incitam discriminações contra qualquer religião, nacionalidade, etnia, raça e condição migratória. Além disso, o Facebook anunciou no início do mês que vai realizar uma auditoria sobre suas políticas de moderação de discurso de ódio.
Mas essas medidas não são consideradas suficientes pelo movimento Stop Hate for Profit, que tem outras demandas para a rede social. [/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text]
As 10 ações recomendadas pelo Stop Hate for Profit
1) Estabelecer uma infraestrutura de direitos civis, incluindo executivos de alto escalão capazes de avaliar produtos e políticas para discriminação, vieses e ódio;
2) Submissão a auditorias externas regulares sobre discursos de ódio e desinformação, com resultados acessíveis publicamente;
3) Oferecer auditoria e reembolso a anunciantes cujas marcas foram expostas ao lado de conteúdo que foi excluído por violar termos de serviço;
4) Encontrar e remover grupos públicos e privados que se baseiem em temas como supremacia branca, milícias, antissemitismo, conspirações violentas, negação do Holocausto, desinformação sobre vacinas e negação das mudanças climáticas;
5) Implementação de termos de serviço que ajudem a limitar e eliminar discursos radicais da rede social;
6) Não recomendar ou amplificar discursos e conteúdos associados ao ódio, desinformação ou conspiração;
7) Criar mecanismos que marquem automaticamente conteúdo de ódio em grupos privados para avaliação humana;
8) Garantir a precisão de informações políticas eliminando a exceção para políticos, proibir desinformação sobre eleições e chamados de violência por políticos em qualquer formato;
9) Criar times de especialistas para analisar ódio baseado em identidade e assédio;
10) Possibilitar que indivíduos enfrentando ódio e assédio severos possam se conectar com um funcionário do Facebook.
Fonte: Fox Business[/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text]
O impacto do boicote ao Facebook no Brasil
No Brasil, a organização Sleeping Giants BR passou a cobrar das marcas a mesma postura no mercado brasileiro. Mas será que o protesto teve adesão por aqui?
Eduardo Prange, da Zeeng, trouxe uma série de dados para analisarmos a conduta das empresas brasileiras (e das multinacionais que aderiram ao boicote do Facebook nos Estados Unidos e que também atuam por aqui) durante o boicote. O estudo da Zeeng coletou dados entre os dias 17/06 e 12/07 para observar o impacto da ação por aqui.
Do ponto de vista midiático, é possível dizer que o Stop Hate for Profit atingiu seu objetivo, com mais de 2 mil menções na imprensa brasileira, sendo que o pico aconteceu no dia 29/06, com 250 notícias publicadas sobre o assunto.
Prange observou que essa primeira onda de protestos é voltada exclusivamente ao Facebook, mas acredita que outras plataformas poderão ser alvo no futuro. O estudo da Zeeng incluiu a análise das publicações nos perfis do Facebook na própria rede, e também no Instagram.
O único impacto que pôde ser visto nos perfis do Facebook é a redução dos fãs: 3 milhões de usuários deixaram de seguir a empresa. Durante o período da análise, o Facebook fez apenas duas publicações na rede social – e nenhuma delas era sobre as reivindicações do Stop Hate for Profit.
Para observar a postura das marcas frente ao boicote, a Zeeng selecionou 40 marcas para acompanhar os anúncios e publicações durante o período analisado. Utilizando ferramentas como a biblioteca de anúncios do Facebook, verificou-se uma redução de 9% no volume de conteúdo publicado.
Porém, é importante ressaltar que não é possível creditar essa redução ao boicote. As páginas brasileiras de marcas como Coca-Cola e Vans, por exemplo, não anunciam no Facebook e Instagram há pelo menos 90 dias. Outras, como a Unilever, não seguem o exemplo das páginas globais e seguem anunciando para a audiência tupiniquim.
A única marca que se posicionou no mercado brasileiro e anunciou que aderiria ao boicote foi a Ben & Jerry’s, que já é conhecida por seu posicionamento e pela atitude proativa em questões sociais.
Como observou o CEO e fundador da Alright, Domingos Secco Jr: “essa onda mundial não causou sequer uma marolinha no Brasil”. [/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text]
Como as marcas estão reagindo ao boicote
Na sequência do debate, Secco lembrou que tanto o Facebook quanto os anunciantes são sim responsáveis pelos conteúdos que são publicados na plataforma.
Mesmo que a produção de conteúdo seja realizada pelos usuários e que qualquer um possa utilizar a rede social, o Facebook ainda tem uma certa ingerência sobre o que circula na plataforma. Da mesma maneira, os anunciantes também têm sua parcela de “culpa”, já que são eles os responsáveis pelo lucro da empresa.
Secco também trouxe as questões políticas para o debate, e lembrou que o Facebook se tornou uma máquina de influência desde as eleições.
Ian Black, por sua vez, creditou a pouca adesão das empresas brasileiras à falta de consciência política no país. “Uma coisa que pouco se discute é a alienação e maturidade política do povo brasileiro. Foi preciso ver as manifestações lá fora para entender que o racismo também acontece aqui”, afirmou.
Black também observou que a publicidade brasileira não está pronta para se posicionar em questões políticas e sociais. “Nosso mercado acha que a publicidade tem que ser imparcial. A vontade de tomar uma posição vem mais porque estão fazendo (protestos) lá fora e não porque temos questões semelhantes aqui”, disse.
A falta de posicionamento é uma questão que preocupa os participantes do debate. Secco ressaltou que o mercado brasileiro tem muitos anunciantes, mas poucas marcas que sabem se posicionar. Eduardo Prange observou que as empresas estão mais orientadas para a performance do que para o impacto social, e lembrou: “O não se posicionar também é consentimento com o que tu está enxergando na sociedade”.[/vc_column_text][vntd_content_box title=”Mídia no melhor contexto” link_type=”external” text=”Entenda a importância da entrega de publicidade em ambientes online de contexto favorável para as marcas” item_url=”https://alright.com.br/midia-contextualizada/”][vc_empty_space][vc_column_text]
Alternativas para os anunciantes após o boicote ao Facebook
Se a postura do Facebook é complacente frente aos conteúdos falsos e preconceituosos, quais são as alternativas para anunciar?
“O Facebook sabe que as marcas querem estar onde os usuários estão”, lembrou Prange. “Talvez o caminho seja encontrar outras alternativas para migrarmos. Nós não vamos atrás das marcas, as marcas vão atrás dos usuários onde eles estão”, complementou.
Ian Black lembrou da importância de consumir de maneira consciente – inclusive conteúdo. “Esse momento agora deve ser menos sobre o Facebook e mais sobre como reimaginar a forma como nos comunicamos, não só em variedade de canais e resultados, mas para quem damos o nosso dinheiro”, afirmou em comentário no chat durante a live.
O fundador da agência New Vegas vê com bons olhos a possibilidade de parar de anunciar no Facebook. “Enquanto agência, pra gente não faz diferença. Seria um grande incentivo para procurarmos outras alternativas”, disse. Durante o debate, os participantes apontaram que é possível usar a verba de anúncios no Facebook para patrocinar criadores de conteúdo, canais e blogs, e assim afastar suas marcas de contextos tóxicos que podem prejudicá-las.
Os participantes do debate, no entanto, acreditam que ainda vai demorar para vermos uma mudança concreta. Secco aposta nas novas marcas e no novo empreendedorismo que está surgindo para termos posicionamentos mais claros. “É uma mudança cultural e comportamental que vai levar muito tempo. Que bom que está acontecendo”, disse.
Prange acredita que em um futuro próximo poderemos ter plataformas sociais com uma postura mais ética. “A saída é buscar uma ferramenta alinhada a esse mundo que a gente almeja”, afirmou. Black, por sua vez, acha que a raiz do problema é mais profunda. “A gente não tem que culpar os indivíduos, mas sim o sistema”, acredita. “O mundo está mergulhado em um grande caos, e as marcas seguem na alienação”, diz, lembrando que “a galera do Vale do Silício é completamente desconectada”.
Ou seja, a solução para o impasse entre Facebook e os movimentos como o Stop Hate for Profit passa por uma série de ações. Desde a pressão da audiência até uma maior conscientização nos departamentos de marketing das empresas, passando por ações afirmativas e atitudes de impacto positivo na sociedade por parte das marcas. [/vc_column_text][vc_empty_space][vc_column_text]¹ A Cambridge Analytica era uma empresa de mineração e análise de dados que obteve ilegalmente os dados de 50 milhões de usuários do Facebook em 2014, através de um quiz de personalidade aparentemente inofensivo que roubava informações como páginas curtidas e interações na rede social. Esses dados foram utilizados para entender o comportamento dos usuários e dessa maneira impactá-los com a propaganda política mais eficaz para cada perfil durante a campanha de Donald Trump – o que incluía sites e notícias falsos. O Facebook mudou diversas regras para aplicativos que usam sua interface desde então.[/vc_column_text][vc_empty_space][vc_cta h2=”” shape=”square” add_button=”right” btn_title=”Acesso ao PDF” btn_style=”classic” btn_shape=”square” btn_color=”blue” btn_link=”url:https%3A%2F%2Fadtech.alright.com.br%2Flive-mercado-alright||target:%20_blank|”]
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